Esse quarto episódio é especial, pois inaugura uma série de poesias nordestinas. E nada melhor do que começar com um conterrâneo.
João Cabral de Mello Neto, considerado por muitos o maior poeta brasileiro, é de Recife. Sua obra tem uma tendência surrealista, mas é também popular.
“Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos”
Belo, não? Mas, não é essa a poesia escolhida. Quer saber qual? Então, aperte o play.
Boa poesia!